domingo, 28 de agosto de 2011

Lembrança de morrer..


Quando em meu peito rebentar a fibra,que o espirito enlaça a dor vivente.
Não derramen por min nem uma lágrima,e nem desfolhem na matéria impura a flor do vale que adormesce no vento.não quero que uma nota de alegria se cale por meu passamento.
Eu deixo a vida como deixo o tédio,do deserto,o poente caminheiro com as horas de um longo pesadelo que se desfaz ao dobre de um sineiro.como o desterro de minha alma errante onde fogo incensato o consumia,só levo uma saudade,é dessas sombras que eu senti velar nas noites minhas.
Descanço em meu leito solitário,na floresta dos homens esquecida,á sombra de uma cruz e escrevam nela:
-FOI POETA,SONHOU,E AMOU A VIDA!!!
Sombras do vale ,noites da montanha que minha alma cantou e amava tanto protegei o meu corpo abandonado,e no silencio fico em paz eterna...
Alvarez de Azevedo.

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